Flauta Transversal

A flauta transversal, por vezes chamada de flauta transversa ou simplesmente de flauta, é um aerofone da família das madeiras. Apesar de atualmente ser fabricada em metal, em sua origem, esta era de madeira. Por esta razão, até hoje, a flauta transversal é classificada nas orquestras como um instrumento pertencente ao grupo das madeiras.

A extensão normal (registo) da flauta tranversal soprano (que é a mais comum dos tipos de flauta transversal) é de três oitavas completas (C4, C5, C6) podendo chegar até o sol sustenido 7. Algumas flautas modernas com o pé em si permitem também tocar o Si3. Há também outros tipos de flauta transversal, como o piccolo, cujo registo começa uma oitava acima da flauta transversal comum, a flauta baixo, cujo registo começa duas oitavas abaixo da flauta transversal soprano, e a flauta alto, que começa em Sol3.

Existem também as flautas de bambu e madeira, conhecidas como pífaro, bansurí, quena, entre outros, mudando de acordo com o país e às vezes mudando o esquema de notas e a embocadura, muito usado na música tradicional de diversos países, cujo registo pode variar muito conforme a tradição cultural considerada. Às vezes a flauta de bambu e madeira é usada como aprendizado para transversal, porém a sua sonoridade é diferente da transversal e com menos notas.

Técnicas
No piano, por exemplo, a emissão do som é relativamente fácil, levando ao virtuosismo quase espontâneo no que diz respeito à velocidade. Não é tão fácil obter um som vibrante sem ser vulgar no forte ou inconsistente na flauta. As dificuldades de execução apresentam-se também pela natureza heterogénea dos registos, tanto em timbre, quanto em volume de som. O agudo é potente e brilhante, e o grave, aveludado e de difícil emissão. O controle da embocadura, por se tratar de um instrumento de embocadura livre, deve ser minucioso, já que pequenas alterações no ângulo do sopro interferem bastante no equilíbrio da afinação.

Recursos comuns na Flauta Transversal
A flauta transversal sempre foi um instrumento muito privilegiado no que diz respeito a recursos e ornamentos. Grande parte dos recursos musicalmente conhecidos são executáveis na Flauta, salvo as particularidades e dificuldades inerentes ao próprio instrumento.

  • Vibrato – introduzido pela escola francesa, é feito a partir do diafragma, semelhante ao vibrato vocal. Existe também a possibilidade de realizar o vibrato utilizando-se das chaves em forma de anel presentes em algumas flautas. O abuso do vibrato por parte de flautistas leva a interpretações erradas, tocando em vibrato passagens que deveriam soar limpas e serenas.
  • Glissando – consiste em “deslizar” entre as notas, seja por meio das chaves ou por alterações na embocadura.
  • Harmônicos – feito ao mudar a embocadura e a direção da coluna de ar, obtendo uma nota diferente da que seria a da digitação fundamental. O timbre é mais doce e etéreo do que o da nota “real”.
  • Beatboxing – Consiste em tocar uma melodia realizando o beatboxing ao mesmo tempo.
  • Multifonia – consiste em solfejar e tocar ao mesmo tempo, o resultado é um som cortante e agressivo. (técnica moderna).
  • Frullato – pronuncia-se a letra “R” (sem voz) enquanto toca, dando à nota uma intermitência. (técnica também conhecida por Fluterzung e sempre foi característica própria deste instrumento, mas seu uso se tornou mais evidente em recentemente).
  • Polifonia ou Nota dupla – através de pesquisa foram descobertos alguns intervalos de notas possíveis de se emitir na flauta usando digitação especial e de um sopro mais “difuso”, de forma a permanecer entre dois sons harmónicos. (técnica moderna).
  • Trinados, trêmolos, mordentes, staccatos, legatos e outros compõem uma lista vasta de ornamentos e expressões muito comuns na execução da Flauta.

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