Turismo

Ricardo Louro
Ricardo Louro, de 62 anos, é filho de ex-operários da Companhia Têxtil Brasil Industrial, que migraram de Minas Gerais para Paracambi em busca de melhores oportunidades de trabalho e uma vida mais digna.
Aos 10 anos de idade, começou a trabalhar para ajudar em casa e contribuir com a renda familiar. Com 14 anos, foi contratado como menor aprendiz na Companhia Têxtil Brasil Industrial. Depois de se profissionalizar, passou a integrar o quadro de funcionários em definitivo.
Depois de experiências na Cobrascom e na Michelin, foi aprovado em um concurso público para a Petrobras, onde ficou por 33 anos, atuando em diversas funções. Aposentou-se no cargo de Supervisor em Plataforma de Petróleo. Após a aposentadoria, Ricardo decidiu dedicar-se aos estudos. Atualmente, está na reta final da graduação em Turismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Ricardo Louro assumiu a pasta de Turismo do município em 2025. Como secretário, está aplicando seus conhecimentos e sua experiência em prol do desenvolvimento sustentável do turismo na cidade.
Rua Ministro Sebastião Lacerda, S/N – Fábrica – Paracambi/RJ
Telefone
Segunda a Sexta-feira das 8h às 17h
Quem somos?
A Secretaria Municipal de Turismo é responsável por elaborar e executar políticas públicas voltadas ao fortalecimento do setor turístico como motor de desenvolvimento econômico e social. Ao estimular a atividade turística, a secretaria contribui para movimentar a economia, gerar empregos e fortalecer a identidade local.
O que fazemos?
- Planejamento e apoio a iniciativas que valorizem os atrativos locais;
- Ampliar o potencial turístico do município;
- Desenvolvimento de programas turísticos;
- Buscar parcerias para fortalecimento do turismo;
- Promoção e divulgação dos pontos turísticos.
Atrativos turísticos
- Estação de Lages
Inicialmente com o nome de Nicanor Pereira, a estação de Lages foi inaugurada em 1858 e
permaneceu como ponta de linha do ramal até 1861, quando a estação terminal de Paracambi
foi inaugurada. De Lages, partia para E.F. Light, linha da Light and Power, levando à represa
de Fontes, no Ribeirão das Lages, passando pelos bairros de Guarajuba e Ponte Coberta. Com
um incêndio nas décadas de 1950/60, a estação, que era de madeira, foi reconstruída e
permanece até hoje.
- Estação de Paracambi
Financiada por fazendeiros locais a fim de facilitar o transporte da produção de café e de outros
produtos da região. A Estação de Paracambi, na época Estação de Macacos, foi inaugurada em
1861 para o transporte de carga e também passageiros. Em 1903, passa a se chamar Estação de
Paracamby. Ganhou sua eletrificação no ano de 1948, com a presença do então presidente
Eurico Gaspar Dutra.
Depois da estação de Paracambi, a linha seguia por mais 1 Km em direção à Companhia Têxtil
Brasil Industrial, pela Avenida dos Operários. Durante muito tempo os trens da Central seguiam
até a fábrica, sendo depois substituídos por bondes puxados a burro.
A estação possuía um pátio que servia para carga e passageiros tanto para as diversas indústrias
da cidade, como a siderúrgica Lanari, como ao depósito central de munições do exército. Este
pátio foi dividido pela metade e teve suas linhas arrancadas nos anos 1990. Atualmente ainda
funciona para viagens até Japeri, com parada em Lages.
- Fazenda do Sabugo
Fundada em meados do século XIX, a fazenda do Sabugo, produziu majoritariamente laranja e
milho, dentre outras, até o fim do mesmo século, quando em suas dependências sob nova
direção, foi inaugurada uma olaria que posteriormente fora conhecida como Olaria do Sabugo.
Implantada no terreno em frente ao Casarão do Sabugo (como ficou conhecida a sede da
Fazenda), a olaria funcionou até a década de 90, enquanto a Fazenda encerrou suas atividades
na década de 60, quando parte do seu território, à época já desapropriado, foi loteado e vendido,
contribuindo para a formação de parte do bairro do Sabugo.
- Fábrica
Em 1867, dois comerciantes norte-americanos receberam autorização para a implementação de
uma fábrica no antigo povoado de Macacos. Estabelecida inicialmente em 1870 com projeto do
engenheiro William Ellison no estilo inglês, a Companhia Têxtil Brasil Industrial foi construída
em 1871, sendo a maior indústria do Brasil em sua época, contando com 400 teares em sua
inauguração.
Entre vários presidentes, diretores e demais funcionários, estão Custódio de Oliveira, um de
seus fundadores, Plínio Soares, Doutor Barcelos e Dominique Level, que ajudou na construção
do Clube Municipal Cassino e do clube de futebol Paracambi F.C, que mais tarde veio a se
chamar Brasil Industrial Esporte Clube. Dominique Level também foi presidente-diretor da
fábrica Maria Cândida, situada no bairro da Cascata.
Tendo em vista o número de funcionários da companhia, em 1886 foi criada a vila operária e
em 1915 contava com 2.500 operários. Com o encerramento das operações em 1996, a Companhia Têxtil Brasil Industrial foi adquirida pela Prefeitura de Paracambi em 2002 e hoje
funciona como a Fábrica do Conhecimento, um pólo educativo que conta com cursos técnicos,
superiores e artísticos, como música, pela Escola de Música Villa-Lobos, danças e teatro, e
também abriga as secretarias municipais de Turismo, Cultura, Desenvolvimento Econômico e
Meio Ambiente e Clima.
- Cachoeira da Cascata
O bairro da Cascata nasceu em meio à natureza exuberante marcada pela queda d’água de 50
metros que lhe dá nome, cercada por áreas verdes que se tornaram símbolo do lugar.
A instalação Companhia Tecelagem Santa Luiza em 1891, que em 1924 se tornaria Fábrica de
Tecidos Maria Cândida, trouxe a formação de uma vila operária em 1937, com 75 casas, escola,
creche, praça, campo de futebol, posto médico e igreja, abrigando 300 moradores, que
forneciam à fábrica cerca de 162 operários.
Entre o som das máquinas e o frescor da cachoeira, a Cascata consolidou-se unindo trabalho,
convivência e paisagem natural.
- Pedra do Gavião
A Pedra do Gavião é um importante atrativo turístico em Paracambi, próximo à antiga estação
ferroviária Engenheiro Gurgel e à histórica igreja Nossa Senhora do Bom Parto, construída em 1914. Com um cume de aproximadamente 300 metros, oferece vistas deslumbrantes e
oportunidades para atividades ao ar livre.
- Parque Natural Municipal do Curió
Com 913 hectares, o Parque Natural Municipal do Curió é uma unidade de conservação natural,
classificado pelo SNUC como unidade de proteção integral de grande importância ecológica e
cultural, situado na zona central do Corredor de Biodiversidade Tinguá – Bocaina. Com grande
potencial para o turismo internacional, o Parque possui recursos hídricos, como mananciais e
nascentes e também flora e fauna importantes, como a Justicia Paracambi, que é uma espécie
endêmica, e o Curió com o canto Paracambi.
Atração com grande interesse ecológico e propício para caminhada e contemplação em meio
de Mata Atlântica preservada, o Parque oferece trilhas como: Trilha do Jequitibá Rosa (938 m),
Trilha do Carreiro (1300 m), Trilha dos Taquarais (2439 m) Trilha Ruínas do Aqueduto (932
m), Trilha Caminho dos Escravos (2558 m) e Trilha Cachoeira dos Namorados (1634 m) com
uma linda queda d’água.
- Bosque da Fábrica
Entre árvores e o som suave dos pássaros, o Bosque da Fábrica é um dos espaços mais
encantadores de Paracambi. Localizado na entrada da antiga Companhia Têxtil Brasil
Industrial, hoje Fábrica do Conhecimento, o bosque é um verdadeiro refúgio urbano, onde
natureza e história caminham lado a lado. Sua alameda sombreada e o calçamento de
paralelepípedos convidam moradores e visitantes a passeios tranquilos e contemplativos.
O local é símbolo da cidade e um dos destinos mais visitados por quem busca lazer, descanso
e contato com o verde. Com uma via de acessibilidade que acompanha o trajeto principal, o
bosque também é ponto de encontro para caminhadas, piqueniques e eventos culturais ao ar
livre, mantendo viva a tradição da convivência em meio à natureza.
- Avenida dos Operários
Com o povoado dos Macacos se aglomerando ao redor da Estação de Macacos e o crescimento
da Cia. Têxtil Brasil Industrial, em 1886 foi providenciado pela Companhia casas para seus
operários, com obras de saneamento concluídas em 1888 e iluminação elétrica em 1919. A
avenida com casas geminadas em torno da linha férrea e ruas paralelas e transversais moldou a
vila operária e recebeu o nome de Avenida dos Operários, com o constante movimento de
trabalhadores da antiga fábrica no coração da cidade.
- Marco Zero
Construída em 1832, por iniciativa do bispo D. José Caetano da Silva Coutinho, com auxílio
de fiéis da região, foi a primeira capela ereta na Freguesia de São Pedro e São Paulo do Ribeirão
das Lages, com um povoado que foi elevado à Freguesia pela Lei Provincial n° 77, de 29 de dezembro de 1836. Dentro da Freguesia, em 1864, havia 17 estabelecimentos comerciais, 2
engenhos de aguardente, 1 de açúcar e 87 fazendeiros de café. No antigo cemitério da Freguesia
foi sepultado Pedro Dias Pais Leme, Marquês de Quixeramobim e homem da guarda de honra
de D. Pedro I. Hoje este marco fundacional da cidade de Paracambi encontra-se em ruínas e se
localiza próximo ao Depósito Central de Munições do Exército Brasileiro.
- Igreja Matriz São Pedro e São Paulo
Em 1911, com a criação do distrito de Paracambi, no município de Itaguaí, as imagens dos
santos padroeiros foram transportadas da antiga capela de São Pedro e São Paulo do Ribeirão
das Lages para uma casa no centro do povoado, na Rua Dominique Level, aguardando a
construção de uma nova igreja e recriação da paróquia. Com a pedra fundamental lançada em
1929, sua construção foi finalizada somente em 1948.
